ASTERACEAE

Baccharis bifrons Baker

Como citar:

Lucas Moraes; Luiz Santos Filho. 2017. Baccharis bifrons (ASTERACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

365,725 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica do estado do Rio de Janeiro (Heiden e Schneider, 2015), coletada nos municípios de Armação dos Búzios, na restinga da Praia Brava (D. Fernandes 38) e na praia Rasa (G. Heiden 919), em Iguaba Grande (BR 106) (L. Quintanilha 73), Cabo Frio (A. Lobão 158) e Arraial do Cabo, no Pontal do Atalaia (G. Heiden 917). Heiden et al. (2012) afirmam se tratar de uma espécie microendêmica do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio, compondo formações arbustivas e ocorrendo em matas secas e de restinga.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Luiz Santos Filho
Critério: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Subarbusto ou liana terrícola, endêmico do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015), é encontrada na região dos lagos, nos municípios de Armação dos Búzios, Iguaba Grande, Cabo Frio e Arraial do Cabo. Está no domínio Mata Atlântica, em vegetação de restinga (BFG, 2015). De acordo com Heiden et al. (2012), trata-se de uma espécie micro endêmica do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio. Possui EOO=320 km², AOO=32 km² e está sujeita a quatro situações de ameaça. Cerca de 41% do solo de sua região de ocorrência estão em estágio degradado, com predomínio de pastagens, o que configura a principal ameaça à espécie, acarretando declínio contínuo da EOO, AOO e qualidade do hábitat.

Último avistamento: 2012
Quantidade de locations: 4
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Fl. Bras. (Martius) 6(3): 54. 1882

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: liana, subshrub
Luminosidade: heliophytic
Vegetação: Restinga
Fitofisionomia: Vegetação de Restinga
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Liana,subarbusto, terrícola. Ocorre no domínio fitogeográfico Mata Atlântica, em vegetação de restinga (Heiden e Schneider, 2015). Registros de coleta indicam que trata-se de uma espécie heliófila, pouco frequente, com folhas verdes discolores com a parte inferior pilosa. Possui capítulo verde amarelado (D. Fernandes 28). Também foi registrada com folhas membranáceas, verdes escuras discolores, com botões de cálice verdes e corola branca (D. Fernandes 567). Encontrada em mata xerófila (G. Heiden 919). Também registrada como umbrófila, com capítulo branco amarelado (D. Sucre 3678). Maia e Souza (2013) afirmam ter encontrado insetos de galha associados à espécie.
Referências:
  1. Heiden, G., Schneider, A., 2015. Baccharis in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB103994>. Acesso em: 26 Mar. 2015.
  2. Maia, V.C., Souza, M. da C., 2013. Insect galls of the xeric vegetation of Ilha do Cabo Frio (Arraial do Cabo, RJ, Brazil). Biota Neotrop. 13, 278–288.

Reprodução:

Detalhes: Floresce e frutifica entre agosto e janeiro (Heiden et al., 2012).
Fenologia: flowering (Aug~Jan), fruiting (Aug~Jan)
Referências:
  1. Heiden, G., Baumgratz, J.F.A., Esteves, R.L., 2012. Baccharis subgen. Molina (Asteraceae) in Rio de Janeiro state, Southeast Brazil. Rodriguésia 63, 649–687.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat,occupancy,occurrence past,present,future local high
O solo da região conhecida como Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio, onde está situada a Reserva Ecológica Estadual de Jacarepiá, possui cerca de 41 % em estágio degradado, com predomínio para as pastagens para pecuária de corte em grandes propriedades (Bohrer et al., 2009).
Referências:
  1. Bohrer, C.B. de A., Dantas, H.G.R., Cronemberger, F.M., Vicens, R.S., Andrade, S.F. de, 2009. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Mapeamento da vegetação e do uso do solo no Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio , Rio de Janeiro. Rodriguésia 60, 1–23